sexta-feira, 16 de outubro de 2009


Me pergunto como pude me envolver
Com alguém tão diferente de mim
Só se sabe o que é bom e o que é ruim
Quando sente na pele o que sofrer
Eu errei em viver só por você
Você não mereceu o meu amor
Tanto amor e você nem deu valor
Que nem sei como pude te amar           
E muitas vezes que me vi chorar
Só por não ter mais o teu calor.

Sua capacidade era magoar
O coração de quem te amava tanto
E hoje penso aqui no meu canto
Como eu errei em te perdoar
Eu pensei que você ia mudar
Como eu mudei para ter você
Mais o jeito agora é te esquecer
Aprendi que não devo mais amar
Um alguém que não sabe nem sonhar
E não sabe que a vida é pra viver.


Monique D'Angelo


A Poesia pra mim
       I
A Poesia pra mim
É um vício irreversível
Com ela tudo é possível
E me alucina assim
Parece não ter mais fim
Essa minha dependência
A Deus nem peço clemência
Quero morre desse mal
Que pra mim é tão normal
Faz parte da existência.
        II
Através da poesia
Demonstro meus sentimentos
Transcrevo meus pensamentos
E me volta à alegria
Se ela faltar algum dia
É normal se eu morrer
Pois sem ela vou sofrer
Ela é o meu sustento
E sem esse complemento
Não poderei mais viver.
         III
Com o dom que Deus me deu
Desvendo qualquer segredo
Com ele me foge o medo
Sem ele não sou mais eu
Já que Deus me concedeu
Em forma de pensamento
E vai ser nesse momento
Transformado em poesia
Exalando harmonia
Se fazendo instrumento.
        IV
Sem essa tal poesia
Eu não posso mais andar
Eu não posso mais cantar
Não tenho mais alegria
Se ela é quem me fantasia
E me faz viver feliz
Feliz como sempre quis
Suprindo necessidades
De sonhar,de ter saudades
De não viver infeliz.

        V
A poesia é demais
Faz-me sentir muito bem
Me faz ir muito além
Do que mesmo sou capaz
Ela é quem me satisfaz
E nunca me subestima
Quando pensa me intima
A botá-la para fora
E é mesmo nesta hora
Que transformo-a em rima.
        VI
Sem ela eu não sou nada
Sem ela nada eu sou
Ela que em mim ficou
E por mim é tão amada
Sempre por mim é lembrada
E levada para o mundo
Mergulhando em mar profundo
Onde é fácil se afogar
Pra noutras mentes entrar
Desfazendo o que é imundo.

Monique D’Angelo.

Soneto a meu filho

Chama-se:Rogaciano Leite Filho
Tem as minhas feições e a minha pele
Eu quero tanto,tanto bem a ele
Que não sei se sou pai ou se sou filho

Nunca existiu e nem existe brilho
Que brilhe tanto como os olhos dele
Neste mundo em que sofro e em que me humilho
As minhas esperanças estão nele.

Poderá ser um Padre ou um carpinteiro
Um General,um músico,um Pedreiro
Qualquer coisa que houver de nobre em si.

Rico ou pobre,o destino não lhe afeta...
Eu só não quero é que ele seja poeta,
Para nunca sofrer como eu sofri.

Rogaciano Leite-Soneto feito de Improviso
Impossível

Tudo findo.Deixaste-me e seguiste
O primeiro que veio ao teu caminho
Não pensaste sequer que fiquei triste
Preso à desgraça de viver sozinho!

Dois longos anos!...Nunca mais me viste
Foram-se as aves,desmanchou-se o ninho
Hoje,me escreves:"Meu viver consiste
Na mistura de lágrimas e vinho!"

E me imploras:"Perdoa-me e consente
Que eu vá viver contigo novamente
Pois só contigo poderei ter paz"

Eu te perdoo...mas o empecilho é este:
Eu amava aquela alma que perdeste
Alma que nunca reconquistarás

Rogaciano Leite-Fortaleza,dezembro,1948

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Itapetim é feliz
Por ter você como filho
E nessa noite de brilho
Faça o que sempre quis
Não se sinta infeliz
Pode de novo cantar
Que nós vamos escutar
Você "sorrindo e Cantando"
E seu coração amando
Sua terra,seu lugar.

Venha no branco cavalo
Mais venha de "Carne e Alma"
E venha com muita calma
Que nós vamos encanta-lo
Também homenagia-lo
E fazê-lo relembrar
Que fez "Eulália"chorar
Naquela sua viagem
Lá no "Ceará selvagem"
A bordo do "Rio mar".

Gravado lá em Moscou
Está os "Trabalhadores"
E alguns dos seus amores
No "Carne e Alma"ficou
E as vezes que chorou
Amando a uma "Judia"
E o "Adeus" à Maria
Inda dói no coração
E a dor da solidão
O matou de agonia.

Monique D'Angelo


Helena Roraima,filha do poeta Rogaciano que esteve na cidade de Itapetim"Ventre Imortal da Poesia"para privilegiar o congresso em louvor a 40 anos da morte do maior íncone da poesia de nossa cidade ou melhor de todo o mundo e também veio lançar na cidade de seu pai a 4° edição do livro "Carne a Alma",Helena que é a simplicidade em pessoa e que encanta qualquer vivente dotado de sentimento,ela se emocionava a todo momento quando falava em seu pai e a emoção foi maior quando ela visitou a casa onde seu pai nasceu e viveu até seus 15 anos,Rogaciano que foi poeta e Jornalista com seu valor sobre humano e um mestre soberano,e essa homenagem que sua terra natal ITAPETIM ofereceu não e nada mais que merecedora pela a genialidade de seu filho,que encantou a todos com suas poesias que não tenho nem palavras para decifra-las,são simplesmente estraordinárias.

Por: Monique D'Angelo

sexta-feira, 9 de outubro de 2009


Tua ausência me enlouquecer
Te amar é o que fazer eu and
o
Sem querer viver vivo chorando
Sem querer te amar vivo a sofrer

Teu amor é o que me faz crescer
E sem ele nem sei se sobrevivo
Sem querer te esquecer ainda vivo
Todo instante tentando te esquecer

O teu cheiro não sai da minha mente
Tua voz me persegue loucamente

E saudade insiste em me envolver

Toda busca não me levou a nada
Nessa vida só me senti amada
Nos momentos que estive com você.


Monique D'Angelo