terça-feira, 6 de setembro de 2011

Odiar-me pra quê ?

Odiar-me por quê ? Por que neguei ?
Uma história de amor que não vivia
Se um amor não trás paz, nem alegria
É melhor por um fim e eu botei

Se você tá achando que eu errei
Terminando o que começou errado
Eu prefiro sair equivocado
A fingir que um dia te amei

Pois gostar, eu gostei de muita gente
Mas amar, pouco amei , infelizmente
E com o tempo isso tudo passará

Levarei de você boas lembranças
Só o tempo supera essas mudanças
E depois tudo vai cicatrizar .

06/09/2011
Monique D’Angelo

sábado, 20 de agosto de 2011

Estrofe inspirada pelas luas de Agosto que são as mais bonitas na minha opinião.


Entre serras e nuvens cor de trevas
Sai a lua com seu sublime brilho
Já por ti comecei sair do trilho
Mas feliz eu estou em outras terras
Já saí derrotada em outras guerras
Mas agora o que almejo é a vitória
Escrevi lá no céu a nossa história
Que assim como a lua será linda
Serei prova que o amor nunca se finda
E que nunca se apaga da memória .

M.D

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


Não me digam que o amor tudo supera
Que só basta querer pra se viver
Incomoda a partida e faz doer
E o amor vai tal qual a primavera
Depois nada passou-se de quimera
A saudade se instala sem licença
Coração sente tudo, mas não pensa
Por instantes é bom depois machuca
Quando vai se esquecendo a dor cutuca
E a ausência se instala na presença.

M.D

quarta-feira, 3 de agosto de 2011


Quando tu me pediste pra partir
Sem olhar para trás , da tua vida
Se abriu em meu peito uma ferida
Que até mesmo curando eu vou sentir
Eu até que tentei te impedir
Não quiseste me ouvir infelizmente
Eu tentei me curar recentemente
Mas matar esse amor eu nunca mato
É inútil eu rasgar o teu retrato
Se tu tais inteirinho em minha mente.

Mesmo assim, o caminho eu seguirei
Inda tendo esperança de te ter
E se um dia por ele eu me perder
Pra que tu me encontres rezarei
E se Deus permitir eu manterei
Nossas vidas pra sempre bem unidas
Esquecendo que abriste em mim feridas
Que o tempo tentou e não curou
E deixando pra trás o que passou
Viveremos juntinhos nossas vidas .

Monique D'Angelo


segunda-feira, 18 de abril de 2011

A lembrança que vem me atormentar
E um cheiro enlaçando a minha vida
Um desejo maior que a dor sentida
Vem a noite e não deixa eu cochilar
Sem querer eu me vejo a recordar
Uma dor que passar e não tem jeito
O meu peito querendo dar defeito
E você tá aos poucos me matando
A saudade passou arrebentando
O portão de entrada do meu peito.

É você que habita em outro ninho
E não sente vontade de me ver
Por você,sem querer, vivo a sofrer
E tentando encontrar outro carinho
Você quis seguir só o seu caminho
E eu vou procurar outro sujeito
Um amor tão bonito foi desfeito
E eu vivo meu pranto derramando
A saudade passou arrebentando
O portão de entrada do meu peito.


Monique D'Angelo

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011




Às vezes me pergunto se o poeta está predestinado à solidão. Ele não tem norte, direção... Caminha sem bússola por entre matas fechadas. Vive afogado em seus mares de temores, segredos e amores. O "silêncio" das palavras é a sua arma mais poderosa. Ele faz da escrita a válvula de escape do seu desespero. Utiliza o lirismo como alimento necessário e indispensável à sua subsistência. É extremamente exigente e meticuloso em seus trabalhos. Irrita-se e alegra-se com facilidade. Chora e sorri na mesma intensidade. Ama a seriedade e o escracho. Prefere os labirintos às linhas retas. É quase sempre criticado e incompreendido. Aprisiona-se em seu próprio sonho de liberdade. Eleva-se espiritualmente mas se rende aos vícios terrenos. Aprecia as adegas e as tabacarias. Algumas vezes, ele é humilde; outras, narcisista. Não perdoa os próprios erros. Odeia a incoerência e permanece nela.

O poeta expressa seus sentimentos de uma forma tão ímpar que as emoções se sobrepõem aos seus desatinos. Tentar classificá-lo e entendê-lo é como reduzir-lhe o coração e o pensamento à mediocridade. Poetas não vieram ao mundo para serem compreendidos, mas para deixarem seu legado aos demais.

(Autor desconhecido)




ANDARILHO
Vou cantar com total atrevimento
Imitar os ciganos andarilhos
Percorrer os caminhos dos trocadilhos
Vendo louro inventar um novo invento
Misturar poesia e andamento
Construir uma estradeira
Ter um sonho normal numa esteira
Numa noite no lindo Moxotó
Caminhar nas estrelas vendo o pó
Das passadas da glosa derradeira

Imitar o pavão com suas cores
Vou vestir colorido em minha vida
Tratarei como sábio esta ferida
P’ra lembrar a loucura dos amores
Pois os loucos os grandes sabedores
Dão ao lúcido a loucura do real
Pra mostrar que o bem intencional
Faz morada em lugar bem diferente
Qualquer cor, qualquer dor é sempre gente
Sugerindo a paixão o seu aval

A tarefa é não ter nenhum caminho
P’ra encontrar o caminho do não ter
Ser irmão do bonito amanhecer
Ser agulha seguindo o seu alinho
Encontrar multidões quando sozinho
Colocar tom menor no violão
Ser maior entoando uma canção
Perceber quanto tempo falta ainda
Colocar no cabelo a fita linda
Como fosse uma estrofe de canção.

Zeto   ( Musicada)
Daqueles abraços , saudades eu sinto
Do beijo de mel, do afago mais terno
Me sinto no céu, nas brigas no inferno
Você é verdade e por você não minto
Quando você chega, me arranjo, me pinto
Eu tenho a palavra , mas não sei usar
Você é o sonho que eu quero sonhar
A cara metade, meu porto seguro
Lhe tendo ao meu lado, feliz eu me curo
Trocando carícias na beira do mar.


De ti nada escondo, nem mesmo querendo
Voce é meu tudo, meu sonho, meu guia
Quando está por perto eu sinto alegria
E quando se afasta eu fico sofrendo
Não vou lhe esquecer, nem mesmo morrendo
Na eternidade pretendo lhe amar
Voce pode até querer me deixar
Mas eu já fiquei na sua cabeça
E venha com os lábios, minha boca emudeça
Mostrando desejos na beira do mar.


Teus olhos me matam de tanto prazer
Tu és minha musica , minha poesia
Teu jeito sereno, trás paz , harmonia
Atravesso mares , querendo te ver
Venha pr’os meus braços que eu quero viver
Encontre em meus lábios mais cede de amar
Afine a viola , que eu quero cantar
Aquela canção que fiz pra você
Provando que nunca irás me esquecer
Cobrindo de amores a beira do mar.


Monique D’Angelo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Voce pode habitar em outro ninho
E visitar ambientes que eu não vou
Trabalhar, viajar , assistir show
Sem que eu seja uma sombra em seu caminho
Se negar a aceitar o meu carinho
Não sentir mais saudade de me ver
Só não pode é no intimo do meu ser
Passar uma borracha e apagar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Só restaram do amor que foi desfeito
Os melhores momentos dessa história
As lembranças do vídeo da memória
E as promessas no cofre do meu peito
Aceitar que perdi, eu não aceito
Mas estou consciente de não ter
Nunca mais o direito de poder
Pelo menos na boca lhe beijar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Voce tem o direito de exigir
Que eu me afaste de vez da sua vida
Que não sente mais falta na dormida
Que não tem mais lembrança de sair
Mas você nem ninguém pode impedir
Que eu escute isso tudo sem sofrer
E se me ver gargalhando pode crer
Que por dentro eu não paro de chorar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Porque sua beleza não é pouca
Não existe uma replica nem seu clone
E sua voz de CD no telefone
Inda deixa minh’alma quase louca
Se outro homem beijar a sua boca
E num abraço apertado lhe prender
Se eu chegar a ver isso e não morrer
Pelo menos em coma eu vou ficar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Por mais vezes que eu lute e que ele tente
Me recuso a ouvir certos boatos
É inútil eu rasgar os seus retratos
Se você tá inteira em minha mente
Já liguei pro trabalho estava ausente
E onde estava negaram a me dizer
No de casa não quer mais me atender
Mas eu to rastreando o celular
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.


Fiz diversas consultas no INCÓ
Pra saber o que eu tinha de verdade
O eletro acusou que era saudade
E se você não voltar fica pior
Vou mandar escrever num autdoor
Uma declaração pra você ler
Tenho tanta paixão que pra caber
Só se meu coração virasse um mar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Certamente adorá-la foi meu crime
Nem por isso eu estou arrependido
Voce pode dizer que tem marido
Que tem filho e não quer que eu me aproxime
Não existe outra pele mais sublime
E outro cheiro melhor não pode haver
Seu amor não é coisa de comer
Mas eu fico sem fome se provar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Inda tenho comigo seu cartão
Telefone , endereço, carta e foto
Lhe dei todo meu tempo e hoje noto
Que não tenho um minuto de atenção
Mergulhado no cais  da solidão
Sem nenhuma noticia receber
Prometi pra mim mesmo não querer
Nunca mais por ninguém me apaixonar
Voce pode pedir preu me afastar
Só não pode obrigar-me a lhe esquecer.

Os Nonatos
Saltei mais de mil cancelas 
Na estrada dos desenganos
Contei mais de mil palhoças,
Pequenas, pobres, singelas,
Passei por mais de mil roças,
SALTEI MAIS DE MIL CANCELAS,
Dormi em mais de mil redes,
Saciei mais de mil sedes,
Desmanchei mais de mil planos,
Fiz mais de mil amizades,
Deixei mais de mil saudades,
NA ESTRADA DOS DESENGANOS.


Passei por mais de mil cruzes,
Acendi mais de mil velas,
Divisei mais de mil luzes,
SALTEI MAIS DE MIL CANCELAS,
Mais de mil vezes chorei,
E o pranto que derramei
Valeu por mais de mil anos...
Desfiz mil sonhos queridos,
Soltei mais de mil gemidos
NA ESTRADA DOS DESENGANOS.


Ganhei mil cabelos brancos,
Fiz mais de mil sentinelas,
Venci mais de mil barrancos,
SALTEI MAIS DE MIL CANCELAS,
Escutei mil passarinhos,
Pisei mais de mil espinhos,
Padeci por mil ciganos,
Ganhei mais NÃO do que SIM,
Deixei mil partes de mim
NA ESTRADA DOS DESENGANOS.


Dedé Monteiro

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quem cultiva a semente do perdão
Colhe os frutos do amor e do bom senso
Quem faz parte do time da razão
Não recebe cartão nem é suspenso
Vem do rio do olho o mar do pranto
Na ausência quem ama chora tanto
Que o tempero da lágrima salga o lenço.

Raimundo Nonato 

Diz a sagrada escritura
Que adão foi feito de barro
Mas essa história eu não narro
Porque é mentira pura
Tem gente besta que jura
Por São Pedro, São Conrado
Eu acho que tá errado
Que Deus nunca foi louçeiro
Pra tá dentro de barreiro
Fazendo caba safado.

Autor desconhecido 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O SILÊNCIO DA NOITE É QUE TEM SIDO
TESTEMUNHA DAS MINHAS AMARGURAS

Restam ecos de sons em meus ouvidos
Na ressaca de antigas madrugadas
O meu corpo embalado por passadas
No compasso da dor meus gemidos
Os meus sonhos morreram proibidos
Enterrados em várias sepulturas
Entre as covas que guardam antigas juras
Onde o tempo jurado foi perdido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Na poeira da santa madrugada
Quando a noite se veste de negrume
O meu corpo despido de perfume
Adormece na beira da calçada
Na frieza da brisa serenada
No orvalho das matas mais escuras
Os meus dedos desfilam nas procuras
De um pedaço de corpo ainda despido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

No altar dos pecados eu fui santa
Fiz do riso um portal pra minhas dores
Meu querer se perdeu dos meus amores
Ir buscá-lo pra mim, não adianta
Como a seca sepulta a cor da planta
A beleza morreu entre as canduras
Eu troquei a pureza nas loucuras
Num retalho de amor mal dividido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Em um templo de juras e promessas
No andor que carrega fantasias
Eu fui Eva num hedem de poesias
Uma atriz atuando em várias peças
Mas, ao fim do espetáculo as remessas
Da tristeza e do pranto fez misturas
Desenhando um capitulo de torturas
Que pra o público de hoje é proibido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Quando a noite se pinta em suas cores
O meu pranto ao descer,é mais ligeiro
Sob o claro da luz de um candeeiro
Eu acendo uma restra em minhas dores
Alguns versos narrando meus amores
Aliviam as minhas desventuras
Uma dose de dor banhando as juras
E um resto de sonho não vivido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Quando a lua desfila,eu entro em cena
Dividindo com ela o mesmo brilho
O meu corpo refém de um andarilho
Que jurou me amar,talvez por pena
Eu que a ele entreguei de forma plena
A mais santa das minhas formosuras
Rasurando os perfis das escrituras
Sepultando o silencio em meu gemido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Vem o céu misturado em cores mansas
Em reflexos de azul com  amarelo
Numa tinta que tinge o meu 'castelo'
Enfeitado de dores e vinganças
O meu rosto enterrando as esperanças
E o meu corpo servindo para curas
De ressacas,desejos e aventuras
Saciando um querer comprometido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

O cabelo hoje branco representa
O pincel prateado da idade
Uma brecha da minha mocidade
Se escondendo na casa dos setenta
Cada lua que morre,a dor aumenta
Derramando o meu pranto em doses puras
Eu que antes fui musa das costuras
Resta um bico mal feito em meu vestido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Eu não tive direito á um anel
Mas, a faixa de miss já foi minha
Eu que andei coroada de rainha
Hoje guardo a história de um bordel
O meu beijo que antes tinha mel
Eu de tanto ofertá-lo fiz misturas
Que hoje em dia as bocas mais impuras
Cospem fel no meu lábio poluído
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras .
 Mariana Teles ( Mote de Severina Branca)
Vivo de esperas e de utopias
Cultivando sonhos,despindo verdade
Vendo pouco a pouco a realidade
Levar o resto de umas fantasias

Adormeço em dores,narro poesias
Dispenso o todo,me entrego a metade
Sou filha de um tempo onde a felicidade
No prazo de um ano visita em uns dias

Nos intervalos entre o pranto e o riso
Vou ao inferno,vejo o paraiso
Na eterna espera do sopro do fim

Despacho rosas e recebo espinhos
E as unicas petalas destes meus caminhos
São alguns versos que falam por mim .

Mariana Teles