terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tem Feijão de toda cor.

No dia cinco de Dezembro de 2010. Estávamos no msn e começamos a fazer versos de improviso. Eu, Mariana Teles e Isabelly Moreira . E como um saco de cego, ai sim, tem feijão de toda cor.

Mariana diz:

Tua poesia atesta
Que arte brota do chão
Não é nome de finado
Que vem trazer perfeição
Nem cor de sangue define
Quem vai ser poeta ou não

Não tem cheiro de lirismo
O perfume dos meus versos
Uns falando de amarguras
Outros em dor submersos
Um barco cheio de rimas
Parando em portos diversos

Monique D'Angelo diz:

Não sou poeta nem tento
Chegar a teu patamar
Que fala de amor sem guerra
Que canta o que tem o mar
Que ultrapassa fronteiras
Com tua cede de amar

Mariana diz:

Como a rosa de um pomar 
Arrancada inda nascendo 
Teu verso trás o perfume 
Do sertão quando chovendo 
 E o cheiro da manga rosa 
Quando ainda tá crescendo

 Monique D'Angelo diz:

O teu verso vem trazendo
Aprendizado pra gente
Que tenta ser um poeta
Mas tem vontade somente
Tomara que a poesia
Se aposse da nossa mente

 Mariana diz:

Como o verso de repente
Trás cheiro de improvisso
Seja na voz ou no verso
Das estranhas do juizo
Teu verso é via de acesso
Pra fonte do paraiso

 Monique D'Angelo diz:

Eu sou ruim no improviso
Você se sai muito bem
Eu sou faca com um gume
Você os dois gumes têm
Não me atrevo a ser poeta
Só há você, mais ninguém

Mariana diz:

Em cada estrofe contém
Um oceano de dores
Meu verso nasce pintando
O pranto de várias cores
Envernizando a paisagem
Nos campos dos meus amores


 Monique D'Angelo diz:

Nos meus retrato valores
Que é coisa que muito importa
Um amor que é bem cuidado
Que é regado como horta
Orvalhado pelas rimas
Que meu juízo comporta

 Isabelly diz:

Meu verso é so a metade
da poesia de vocês
enquanto vocês tem quinze
Eu consigo fazer três
pois no ninho da minha mente
Tem que deixar verso indês

 Mariana diz:

Em uma esperança morta
Eu vejo minha dor viva
A boca guardando os restos
Das sobras de uma saliva
E a alma andando dispersa
Pela saudade cativa

Monique D'Angelo diz:

Comparando a pequinês
Minha poesia esgota
Voces são grandes demais
O meu verso ninguém nota
Eu sou apenas a tecla
Voces  compõem uma nota

 Isabelly diz:

A minha horta cultiva
a planta da alegria
hora ri bem animado
hora chora a agonia
mas não admite falsos
Que semeiam hipocrisia

 Monique D'Angelo diz:

É grande minha alegria
E minha trsiteza é tanta
Que quando nao quer ficar
Sai de mim , você se espanta
So quem sabe ser poeta
Vive, sofre e ainda canta

Mariana diz:

Despejando poesia
No verde do meu pomar
A dor despejando o verso
Fazendo a rima brotar
Na cascata da tristeza
Das dores do verbo amar

Mariana diz:

Eu cedi meu coração
Meus sonhos e utopias
Troquei por restos de beijos
Que ganhei sem garantias
Deixando essencia de fel
No sabor das poesias

Monique D'Angelo diz:

Ela agora se inspirou
E agora eu vou parar
Poeta que se incabula
É difícil segurar
E minha força é pequena
Pra Mariana agüentar


 Mariana diz:

Em cada gota de pranto
Tem sobras do meu passado
Vestígios de uma historia
De um amor falsificado
Na sombra dos pesadelos
Do meu sonho interditado

 Mariana diz:

 Meu verso brota da mágoa
Nasce no ventre do pranto
E mesmo sem eu ter voz
No embalo dele eu canto
Para fazer de poesias
A sombra do acalanto

Isabelly diz :

   Deus me livre de pensar
Em glosar com Mariana
me dá um frio na barriga
bebo um quartim de cana
e a coragem num chega
será que ela é bacana?!

Mariana Diz :

 Musa parnasiana
Do verso puro de bela
Tem o gosto açucarado
Do mel doce da canela
Despejando a poesia
Quem prova do verso dela

Isabelly diz:

  Teu verso vem do teu berço
Do sobrenome estandarte
Tem de valdir a viola
Que a cantoria faz parte
E tem o verso de Graça
Esculpido em uma arte

Mariana diz:
Monique dedilha os tons
Da canção que o verso sola
A arte brotou pra ela
Sem precisar de escola
Como ave que já nasceu
Na solidão da gaiola

  Monique D'Angelo diz:
                                                                                    
E eu vou ficar no meu canto
Pois é o melhor que faço
As duas tem meu afeto
Pra cada uma , um abraço
Uma boa noite pra todas
Pois já chegou o cansaço

Isabelly diz:

É o meu verso é mais azedo
que comer sal com limão
num tem o tanto da graça
de dançar com o irmão
ou então tentar tocar
sem saber num violão

 Mariana diz:

Pra acabar o baião
Eu deixo um cheiro pra duas
Eu vou abrir a janela
Ve a transição das luas
Sentindo os cheiro dos versos
Da alma de voces duas

 Isabelly diz:

Monique sonha com gente
    pra tua noite prestar
Deus proteja tua memória
pra quando tu acordar
num lembrar de um verso desse
pra de nós, tu num mangar