No dia cinco de Dezembro de 2010. Estávamos no msn e começamos a fazer versos de improviso. Eu, Mariana Teles e Isabelly Moreira . E como um saco de cego, ai sim, tem feijão de toda cor.
Mariana diz:
Tua poesia atesta
Que arte brota do chão
Não é nome de finado
Que vem trazer perfeição
Nem cor de sangue define
Quem vai ser poeta ou não
Não tem cheiro de lirismo
O perfume dos meus versos
Uns falando de amarguras
Outros em dor submersos
Um barco cheio de rimas
Parando em portos diversos
Monique D'Angelo diz:
Não sou poeta nem tento
Chegar a teu patamar
Que fala de amor sem guerra
Que canta o que tem o mar
Que ultrapassa fronteiras
Com tua cede de amar
Mariana diz:
Como a rosa de um pomar
Arrancada inda nascendo
Teu verso trás o perfume
Do sertão quando chovendo
E o cheiro da manga rosa
Quando ainda tá crescendo
O teu verso vem trazendo
Aprendizado pra gente
Que tenta ser um poeta
Mas tem vontade somente
Tomara que a poesia
Se aposse da nossa mente
Como o verso de repente
Trás cheiro de improvisso
Seja na voz ou no verso
Das estranhas do juizo
Teu verso é via de acesso
Pra fonte do paraiso
Monique D'Angelo diz:
Eu sou ruim no improviso
Você se sai muito bem
Eu sou faca com um gume
Você os dois gumes têm
Não me atrevo a ser poeta
Só há você, mais ninguém
Em cada estrofe contém
Um oceano de dores
Meu verso nasce pintando
O pranto de várias cores
Envernizando a paisagem
Nos campos dos meus amores
Nos meus retrato valores
Que é coisa que muito importa
Um amor que é bem cuidado
Que é regado como horta
Orvalhado pelas rimas
Que meu juízo comporta
Meu verso é so a metade
da poesia de vocês
enquanto vocês tem quinze
Eu consigo fazer três
pois no ninho da minha mente
Tem que deixar verso indês
Mariana diz:
Em uma esperança morta
Eu vejo minha dor viva
A boca guardando os restos
Das sobras de uma saliva
E a alma andando dispersa
Pela saudade cativa
Comparando a pequinês
Minha poesia esgota
Voces são grandes demais
O meu verso ninguém nota
Eu sou apenas a tecla
Voces compõem uma nota
A minha horta cultiva
a planta da alegria
hora ri bem animado
hora chora a agonia
mas não admite falsos
Que semeiam hipocrisia
É grande minha alegria
E minha trsiteza é tanta
Que quando nao quer ficar
Sai de mim , você se espanta
So quem sabe ser poeta
Vive, sofre e ainda canta
Mariana diz:
Despejando poesia
No verde do meu pomar
A dor despejando o verso
Fazendo a rima brotar
Na cascata da tristeza
Das dores do verbo amar
Mariana diz:
Eu cedi meu coração
Meus sonhos e utopias
Troquei por restos de beijos
Que ganhei sem garantias
Deixando essencia de fel
No sabor das poesias
Ela agora se inspirou
E agora eu vou parar
Poeta que se incabula
É difícil segurar
E minha força é pequena
Pra Mariana agüentar
Em cada gota de pranto
Tem sobras do meu passado
Vestígios de uma historia
De um amor falsificado
Na sombra dos pesadelos
Do meu sonho interditado
Nasce no ventre do pranto
E mesmo sem eu ter voz
No embalo dele eu canto
Para fazer de poesias
A sombra do acalanto
Isabelly diz :
Deus me livre de pensar
Em glosar com Mariana
me dá um frio na barriga
bebo um quartim de cana
e a coragem num chega
será que ela é bacana?!
Do verso puro de bela
Tem o gosto açucarado
Do mel doce da canela
Despejando a poesia
Quem prova do verso dela
Isabelly diz:
Teu verso vem do teu berço
Do sobrenome estandarte
Tem de valdir a viola
Que a cantoria faz parte
E tem o verso de Graça
Esculpido em uma arte
Mariana diz:
Monique dedilha os tons
Da canção que o verso sola
A arte brotou pra ela
Sem precisar de escola
Como ave que já nasceu
Na solidão da gaiola
Monique D'Angelo diz:
E eu vou ficar no meu canto
Pois é o melhor que faço
As duas tem meu afeto
Pra cada uma , um abraço
Uma boa noite pra todas
Pois já chegou o cansaço
É o meu verso é mais azedo
que comer sal com limão
num tem o tanto da graça
de dançar com o irmão
ou então tentar tocar
sem saber num violão
Pra acabar o baião
Eu deixo um cheiro pra duas
Eu vou abrir a janela
Ve a transição das luas
Sentindo os cheiro dos versos
Da alma de voces duas
Monique sonha com gente
pra tua noite prestar
Deus proteja tua memória
pra quando tu acordar
num lembrar de um verso desse
pra de nós, tu num mangar